
Em 23 de abril comemora-se o Dia Mundial do Livro e também os
Direitos do Autor. Às vezes parece chato ter dia para tudo e no final, a gente
não lembrar de quase nada. Entretanto, a marcação dessa data pode ser vista
como um oportuno estímulo à formação de leitores. A Unesco (Organização
das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) criou a data,
buscando estimular a leitura e o reconhecimento dos autores de livros através
dos séculos. Parece que uma
tradição catalã de oferecer rosas na aquisição de livros já existia em passados
vinte e três de abril e pode ter influenciado a escolha da Unesco; também
outras coincidências marcam a escolha do dia, mas o fato é que no
Brasil, se comparado a outros países, o índice de leitura anual ainda é baixo. A
leitura precisa ser desenvolvida desde cedo e de diferentes formas, com
públicos diversificados. Sabemos que o seu uso faz parte de toda uma vida e
contribui para a boa formação dos futuros profissionais, independente das
áreas de atuação. Dessa forma é preciso ler e estimular cada vez mais
novos leitores. É preciso criar mais bibliotecas, principalmente as itinerantes
para atingir localidades, idades, pessoas diversas e de diferentes estratos
sociais. Não podemos esquecer que há muitas formas de ler, sobretudo inúmeros
gêneros textuais, materiais e experiências de leitura, então alem do acesso aos
livros impressos, outros trabalhos precisam ser realizados. Aqueles que têm
acesso à Internet também podem ler uma quantidade de material virtual, mas
também precisam de incentivo para realizar boas escolhas. Pode-se observar que
a maioria das pessoas tem redes sociais hoje em dia, mas a leitura se resume a
fatos corriqueiros, de grande impacto social e midiático, porém de pouco
conteúdo e, muitas vezes acrescidos de discussões vaidosas. Também, as
exposições pessoais e a troca de ofensas podem ser substituídas por leituras
significativas e prazerosas desde cedo. Não importa a forma, leitura de
impressos, materiais virtuais, experiências audiovisuais; todos precisam
aprender sobre o hábito da boa leitura, por isso o incentivo de uma data pode
ser tão importante. Conscientes desse papel e certos de que é preciso
incentivar esse hábito o ano todo sugerimos duas obras e dois autores
brasileiros, cada qual no seu tempo e com suas experiências. A primeira
sugestão é Sagarana, contos empolgantes do nosso saudoso Guimarães Rosa e o
segundo é O príncipe livrepássaro e o reino dos botões, livro infantil
maravilhoso do nosso querido Marco Andrade. Duas obras encantadoras, para
públicos diversos!


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